Encomia Estados Unidos: Moody's rebaixa nota de crédito dos EUA e retira classificação máxima "AAA"
- Alexandre Tavares Lopes
- 16 de mai.
- 2 min de leitura

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de "Aaa" para "Aa1", citando o aumento da dívida pública e dos juros a níveis significativamente superiores aos de países com classificação semelhante. Com essa decisão, os EUA perdem a classificação máxima em todas as três principais agências de rating, já que a Fitch e a S&P haviam feito rebaixamentos semelhantes em 2023 e 2011, respectivamente.
A Moody's também alterou a perspectiva do rating de negativa para estável, indicando que, apesar do rebaixamento, não espera mudanças adicionais no curto prazo. A agência destacou que os sucessivos governos e o Congresso dos EUA não conseguiram implementar medidas eficazes para conter os déficits fiscais anuais e os crescentes custos com juros, o que contribuiu para a deterioração da posição fiscal do país.
O rebaixamento pode impactar os mercados financeiros e elevar as taxas de juros, aumentando o custo de financiamento para o governo dos EUA. Analistas alertam que a medida reflete preocupações sobre a sustentabilidade fiscal de longo prazo e a necessidade de reformas para estabilizar a trajetória da dívida americana.
Para mais detalhes, assista ao vídeo a seguir:
"Sucessivos governos e o Congresso dos EUA não conseguiram chegar a um acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes com juros", afirmou a agência, alterando sua perspectiva para os EUA de "negativa" para "estável".
Mas, acrescentou, os EUA “mantêm pontos fortes de crédito excepcionais, como o tamanho, a resiliência e o dinamismo de sua economia e o papel do dólar americano como moeda de reserva global”.
A Moody's é a última das três principais agências de classificação de risco a rebaixar a nota de crédito do governo federal. A Standard & Poor's rebaixou a dívida federal em 2011, e a Fitch Ratings seguiu o exemplo em 2023.
Em um comunicado, a Moody's disse: "Esperamos que os déficits federais aumentem, atingindo quase 9% [da economia dos EUA] até 2035, acima dos 6,4% em 2024, impulsionados principalmente pelo aumento dos pagamentos de juros sobre dívidas, aumento dos gastos com direitos e geração de receita relativamente baixa."
Fonte : Agências de Notícias





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