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Juiz é Afastado por Venda de Sentenças no Judiciário de Mato Grosso, Aponta PF

Operação Sisamnes revela esquema de corrupção no Judiciário, com afastamento de magistrados e servidores suspeitos de negociar decisões judiciais em troca de propina.

Venda de sentenças no Judiciário
Esta é uma imagem ilustrativa gerada por IA, não corresponde a uma foto real

A Polícia Federal (PF) deflagrou a oitava fase da Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no Judiciário de Mato Grosso, com possível conexão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A operação resultou no afastamento do juiz Ivan Lúcio Amarante, da 2ª Vara de Vila Rica (MT), por decisão do STF.


Além do afastamento, a PF executou três mandados de busca e apreensão, bloqueando aproximadamente R$ 30 milhões e confiscando o passaporte do magistrado, que é acusado de envolvimento direto na venda de decisões judiciais. Fonte: |Metrópolis

Imagem ilustrativa do Poder Judiciário de Mato Grosso
Esta é uma imagem ilustrativa gerada por IA, não corresponde a uma foto real

As investigações indicam um esquema sofisticado de corrupção e lavagem de dinheiro, com uso de empresas de fachada para ocultar pagamentos ilícitos. A apuração se intensificou após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em 2023. Conhecido como “lobista dos tribunais”, ele carregava em seu celular provas que ligam membros do Judiciário a crimes como corrupção, espionagem e até assassinatos por encomenda. GPS Brasília


A origem da investigação remonta ao assassinato do advogado Roberto Zampieri, conhecido como "lobista dos tribunais", executado em 2023 em frente ao seu escritório em Cuiabá (MT). A análise de seu celular revelou indícios de um grupo que atuava não apenas na venda de sentenças, mas também em atividades de espionagem e assassinatos por encomenda, com alvos estratégicos no Judiciário e na política.


Além de Amarante, os desembargadores Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho, também do TJMT, são investigados e foram afastados de seus cargos, utilizando tornozeleiras eletrônicas como medida cautelar . O STF autorizou o sequestro de bens e contas dos envolvidos até o limite de R$ 30 milhões e determinou o recolhimento de seus passaportes. UOL Notícias


A Operação Sisamnes, nomeada em referência a um juiz persa que foi punido por corrupção, evidencia a gravidade das acusações e a necessidade de medidas rigorosas para preservar a integridade do sistema judiciário brasileiro. A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e desmantelar completamente o esquema. O Dia


A recorrência de escândalos envolvendo a venda de sentenças judiciais no Brasil, como evidenciado pela recente 8ª fase da Operação Sisamnes, revela um padrão preocupante de corrupção sistêmica no Poder Judiciário. Casos semelhantes, como a Operação Faroeste na Bahia, que investigou a venda de decisões judiciais e grilagem de terras, e a Operação Maet, que denunciou magistrados por fraudes em precatórios, demonstram que tais práticas não são isoladas, mas refletem falhas estruturais que comprometem a integridade do sistema judicial brasileiro.


Essa persistência de corrupção no Judiciário mina a confiança pública nas instituições, compromete o Estado de Direito e perpetua a impunidade. A falta de transparência, a morosidade nos processos disciplinares e a dificuldade em responsabilizar magistrados corruptos contribuem para a sensação de que a justiça é seletiva e inacessível para a maioria da população. Legali Educacional.


Para enfrentar esse problema, é necessário implementar medidas abrangentes e eficazes:

  1. Fortalecimento das Corregedorias: As corregedorias devem ser dotadas de maior autonomia e recursos para investigar e punir desvios de conduta de magistrados de forma célere e imparcial.

  2. Transparência e Acesso à Informação: A publicação de decisões judiciais, agendas de magistrados e dados orçamentários pode inibir práticas corruptas e permitir o controle social sobre o Judiciário.

  3. Educação e Formação Ética: A inclusão de disciplinas de ética e integridade nos cursos de Direito e a promoção de treinamentos contínuos para magistrados e servidores são fundamentais para criar uma cultura de probidade.

  4. Reformas Legislativas: A aprovação de leis que endureçam as penas para crimes de corrupção e que agilizem os processos administrativos pode desestimular práticas ilícitas. 

  5. Utilização de Tecnologia: Ferramentas digitais podem ser empregadas para monitorar processos, identificar padrões suspeitos e facilitar denúncias anônimas, aumentando a eficiência no combate à corrupção.


A erradicação da corrupção no Judiciário é um desafio complexo que exige a colaboração de todos os setores da sociedade. Somente com o compromisso conjunto de instituições, profissionais do direito e cidadãos será possível restaurar a confiança na justiça e assegurar a equidade e a legalidade no país.


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